- A ocupação da Baixada Santista começou por Cubatão há aproximadamente cinco mil anos. Logo após o período de degelo terrestre.
- Sambaquieiros: índios pré-históricos que viveram na Mata Atlântica entre 6 mil e 3 mil anos abtes de Cristo, e vinham para o litoral no verão, a partir do recuo e, depois, do avanço do mar, de onde tiravam seu alimento.
- Os sambaquis, que em língua tupi, quer dizer, monte de conchas, são testemunhos dessa presença humana. Sob esse monte de conchas ou casqueiros foram sepultados vários corpos desses habitantes , em meio a materiais orgânicos e calcáreos que, empilhados ao longo do tempo e sofrendo a ação das imtempéries, acabaram por passar por um processo de fossilização química, petrificando detritos e ossadas.
- A presença de sambaquis - monte de conchas ou casqueiro, também deu origem ao nome do rio Casqueiro e o bairro do mesmo nome, em Cubatão - SP.
Uma outra versão
A tese do arqueólogo Manoel Gonzalez, propõe que os primeiros habitantes viviam na região só na primavera e no outono, e não no verão. Aproveitando a abundância de alimentos ( caranguejos, mariscos, raias e tubarões, raízes e frutas).
Sua tese se baseia em daddos obtidos a partir da análise de otólitos, ossos petrificados de peixes que serviam de alimentos para esses homens pré-históricos. A tese se baseou em material arqueológico encontrado em Cubatão, no Sambaqui Piaçaguera, próximo a antiga usina da Cosipa, hoje Usiminas. A análise foi dos anéis de crescimento dos otólitos ( ossos fossilizados) de peixes, a maioria corvina, datados de 5.000 anos antes do presente.
Nível do mar há aproximadamente 10.000 anos - recuo de 30 quilômetros
Já nesse período geológico, aproximadamente 10.000 anos antes da data atual, a região era mais ampla. A praia estava 30 quilômetros além do que esta hoje. Devido ao congelamento de grande parte do planeta.
Nível do mar há 5.000 anos - 5 metros acima do atual
Nesse período geológico, o nível do mar na região estava cinco metros acima do atual, devido ao derretimento das calotas polares. Isto significa que, Santos, São Vicente, parte da Praia Grande, Guarujá e Cubatão, não existiam, estavam submersas. Foi o chamado ótimo glacial. Segundo o arqueólogo, a água do mar na região estava com sua temperatura máxima em 32 graus e a mínima em 24 graus.
Foram essas águas quentes produzidas por influência climática na região central do globo que contribuiram para o descongelamento. A corrente marítima que vem da África, ao chegar as costas do Brasil divide-se em duas, levando água aquecida para os polos causando o degelo.
Fonte: A Tribuna - Santos - 26 de abril 2009 - Manoel Alves Fernandes
Tese de pós-doutorado em Arqueologia, defendida no Museu Nacional de História Natural de Paris - pelo Arqueólogo Manoel Mateus Bueno Gonzalez.